SESC TAUBATÉ

Com o intuito de reforçar o trabalho realizado pelos educadores e educadoras do SESC Taubaté como Unidade Educadora e de buscar relacionar-se cada dia mais com o território em que se encontra, o apē-estudos em mobilidade foi convidado a construir, em conjunto, encontros de exploração do entorno e equipamentos próximos à unidade, a serem realizados com as crianças do Programa Curumim.

Com abordagens específicas para crianças entre 9 e 13 anos de idade, os quatro (4) encontros foram pensados para incluir neles a utilização de ferramentas como a caminhada, a observação, a memória, a fotografia, o mapeamento afetivo, a roda de conversa, o desenho e os cadernos de registro. Todas essas estratégias permitem  reconhecer e valorizar a região próxima à unidade, ampliar a sensação de pertencimento das crianças com esses espaços e potencializar as práticas cotidianas da unidade.

O encontro “A cidade e o meu bairro” foi um primeiro contato com as crianças, em que foi tratado o tema do Pertencimento: foi utilizado um mapa de grande formato onde as crianças destacaram seus lugares de interesse, e foi realizada a primeira saída exploratória no entorno. 

No segundo encontro, “Na cidade vivem diferentes pessoas”, foram trabalhados os saberes locais e a saída da vez foi até o Centro Cultural Afrobrasileiro e Biblioteca Zumbi dos Palmares: uma caminhada mais longa que permitiu conhecer o equipamento e realizar oficinas de música, dança e jogos africanos. 

“No parque faz sol e cai chuva” foi o terceiro encontro, cujo objetivo foi brincar no espaço público e reconhecer o parque linear Esplanada Santa Terezinha, também conhecido pelas crianças como Valetão, sob uma perspectiva não só de passagem, mas de permanência, ócio e lazer. No parque foi realizado um percurso com muitas paradas nos aparelhos e brinquedos disponíveis, e para observação, quando  as crianças fizeram muitos registros em seus cadernos. 

Por último, no quarto encontro “A Esplanada Santa Terezinha das crianças”, foi trabalhado o imaginário urbano e proposta de melhorias para Taubaté ou especialmente para o parque linear, através de um desenho coletivo de grande formato, no chão. Foi realizada também uma exposição fotográfica das fotos tiradas pelas crianças nos encontros anteriores, na qual as crianças puderam ver (e tocar) os registros de seus próprios olhares durante o projeto. 

O projeto buscou que os encontros funcionassem como provocadores de futuras saídas exploratórias, internalizando, através da experiência, que é possível utilizar o entorno e seus elementos naturais como espaços e objetos de formação. E por que não deixar que as próprias crianças proponham essas futuras saídas? No encontro de encerramento, sobre o mapa já utilizado anteriormente, foi discutido junto às crianças quais outros lugares elas gostariam de desbravar, a pé, como parte das suas atividades de contraturno.